Seis das doze vítimas do ataque ocorrido na manhã de quinta-feira (7) na escola municipal de Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na quinta-feira (7), já foram enterradas nesta sexta-feira (8) na capital carioca.
As estudantes Laryssa Silva Martins, 13, Mariana Rocha de Souza, 12, foram as primeiras a serem enterradas, no cemitério do Murundu, em Realengo, às 11h. Segundo parentes, Géssica Guedes Pereira, 15, foi velada no mesmo local, mas, ao contrário do que foi publicado anteriormente, ela será sepultada por volta das 14h15 no Cemitério Ricardo de Albuquerque.
Sandra Tavares, tia da Laryssa, disse que a sobrinha "era uma menina muito meiga, muito calma". "Ela queria trabalhar na Marinha. Era o xodó do pai. É um brutalidade, é uma brutalidade", repetia ela durante o enterro. A família doou as córneas da estudante.
O tio de Mariana, o técnico de enfermagem Luiz Alberto Rocha, mostrava a indignação dos parentes das vítimas. "Ele matou a família inteira, esse animal. Ela era alegre, estudiosa e queria dar uma casa pra a mãe", disse ele após o enterro da sobrinha.
No cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona este do Rio de Janeiro, outras quatro vítimas foram sepultadas: Larissa dos Santos Atanásio, 14, e Karine Lorrayne Chaga, 14, colegas de sala, foram enterradas quase no mesmo horário. Cerca de 200 pessoas acompanharam a cerimônia.
Luíza Paula da Silveira, 14, e Rafael Pereira da Silva, 14, também foram enterrados em Sulacap. Dezenas de faixas, algumas com a frase "saudade eterna", eram vistas ao longo do cortejo.
Amigos e familiares acompanharam a despedida dos jovens com muita emoção. As mães das três estudantes enterradas no Murundu passaram mal e precisaram ser atendidas pelas equipes médicas que estavam de plantão no cemitério. Sônia Atanásio, avó de Larissa, também precisou ser atendida pelos médicos.
Durante o sepultamento, a Polícia Civil do Rio fez uma homenagem às alunas, jogando pétalas de rosas de um helicóptero que sobrevoava o cemitério.
O local é o mesmo onde está enterrada a mãe do atirador Wellington Oliveira, Dicéa. Na carta em que deixou, Wellington disse que gostaria de ser enterrado “ao lado da mãe”.
O corpo do atirador permanece no IML (Instituto Médico Legal) Afrânio Peixoto, no centro da cidade, e ficará disponível para reconhecimento durante 15 dias. Se neste período nenhum familiar fizer o reconhecimento, o corpo de Wellington poderá ser enterrado como indigente, segundo fontes do IML.
Mais vítimas
A previsão é de que os corpos de Bianca Rocha Tavares, 13, e Milena dos Santos Nascimento, 14, outras duas vítimas do atirador, também sejam enterrados no Murundu, ainda hoje. Bianca estudava na escola com a irmã gêmea Brenda Rocha Tavares, que foi baleada e continua internada. O enterro será as 14h.
Os corpos de Samira Pires Ribeiro e Ana Carolina Pacheco da Silva já foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML). Ana Carolina será cremada, mas ainda não foram divulgados local nem horário, e o enterro de Samira será às 15h, mas ainda não se sabe o local.
Igor Moraes da Silva, 13, que chegou a ser atendido mas não resistiu e foi a última vítima a falecer, deve ser sepultado no cemitério Jardim da Saudade, às 16h.
*Com informações de Fabíola Ortiz e Marcela Rahal, especial para o UOL Notícias, no Rio de Janeiro
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