Falou-se muito nos últimos dias numa operação do grupo situacionista para demover a ex-governadora Wilma de Faria da pré-candidatura ao Senado da República. Alimentada por partidários de berê Ferreira, a ideia era transferir Wilma para a disputa na Câmara Federal e atrair Garibaldi Filho para apoiar o governador, unificando o PMDB na campanha majoritária.
Sem Wilma na disputa para o Senado, acreditavam, Garibaldi não tinha como negar mais um apelo de Henrique Alves para o apoio a Iberê.
Ledo engano. Ontem, em entrevista a mim, o senador Garibaldi Filho disse com com todas as letras: "[A saída de Wilma da disputa pelo Senado] Poderia me beneficiar, mas eu não concordo. Isso pode estar sendo conversado, mas não estou nem ouvindo", declarou.
Garibaldi me confirmou que tomou conhecimento da movimentação política para colocar o "guizo no gato". Ou seja, convencer Wilma a trocar o Senado pela Câmara dos Deputados.
Wilma de Faria não quer nem conversa com essa história. Ela deixou isso bem claro em recente almoço com jornalistas.
E, segundo consta, ninguém estava com coragem de tocar no assunto. Me disseram que a proposta seria feita pelo presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, a pedido do governador Iberê Ferreira.
Mas parece que a coisa ficou apenas no campo das intenções. Wima foi categórica: "Não aceito nem conversar sobre o assunto". Ela vai disputar o Senado.
Talvez por saber da posição firme de Wilma, Garibaldi tenha descartado qualquer mudança no apoio a Rosalba Ciarlini para o Governo.
Certo é que Garibaldi sepulta de vez a possibilidade de mudança. E da mesma forma que enfrentou o presidente Lula no palácio presidencial, o senador do PMDB mantém sua posição de marchar com o DEM na eleição majoritária.
